Capítulo Três A surpresa me deixou imóvel enquanto eu encarava Brock, quieta, porque eu realmente não conseguia acreditar no que estava vendo. Não tinha como ele estar na minha frente. Até onde eu sabia, ele nunca vinha a Martinsburg. Nunca. Porque eu estava aqui. Ele tinha o mundo todo. Eu só tinha esse canto na West Virginia. Essas eram regras não faladas. Talvez eu tinha caído e batido minha cabeça no banheiro. Parecia improvável. Porque era Brock, e ele estava tão perto que eu podia sentir cheiro do perfume de sempre, a mistura fresca de folhas e vento do inverno. O que nesse mundo ele estava fazendo nesse restaurante sem eu tê-lo visto? Mas, de novo, eu nunca fui tão observadora assim, ainda mais agora. Mas isso não explicava como Cam, que era o maior fã do Brock, não tinha sentido sua presença. Cam iria ficar tão desapontado consigo mesmo. “Merda,” ele disse. Meus lábios se afastaram, mas eu estava sem palavras. Brock parecia o mesmo desde a última vez que eu o vi, a vários anos atrás, mas ele estava mais... refinado, mais... bem, tudo. Ele ainda era um tanto mais alto que eu, mas ele estava com os ombros mais largos. O botão cinza estava sendo forçado no meio do seu peito. As mangas estavam arregaçadas, revelando aqueles poderosos antebraços tatuados. Havia uma nova tatuagem nele. Uma nova cor. Sua cintura afinava naquelas calças que foram feitas para ele e, pelo que eu sabia, para suas coxas definidas.
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