Capítulo Vinte e Um Brock me queria. Ele realmente tinha dito essas palavras. Não era minha imaginação ou minha vontade. Nem algo que eu inventei na minha cabeça depois de entender algo que não foi dito. Ele tinha dito isso, e eu podia sentir que ele me queria, e isso fez coisas estranhas com meu corpo. A sua mão apertou mais meu quadril e a que estava abaixo dos meus seios congelou. Sua testa estava contra a minha e, quando ele emitiu aquele som cru e masculino, com vontade, um calafrio percorreu meu corpo. Ele me pressionou contra a parede. Ele me queria, mas seria isso seis anos tarde demais? Baseado no jeito que meu corpo tinha respondido ao dele, com ele mal me tocando, eu tinha de dizer que não, não era tarde demais. Mas seria inteligente considerar a ideia? Esse era o problema. Ele tremeu e, então, eu senti seus lábios contra o canto dos meus, o lado que não se movia direito por causa do dano ao nervo, e eu perdi o fôlego ao contato, meu corpo ficando frio, depois quente. Eu movi minha cabeça na direção de seus lábios sem pensar, e eles acabaram passando sobre os meus, tão suavemente como uma brisa. Não havia pressão nenhuma por trás dele, e o beijo que compartilhamos no meio da noite foi muito mais profundo que esse, mas o leve toque de sua boca mexeu comigo de um jeito que nenhum outro beijo já fez antes. Brock se afastou só um pouco e nosso olhar se conectou. Então ele pegou minha mão e me puxou para longe da parede. Ele me guiou para o sofá e, quando ele se sentou, me puxou junto para que eu estivesse em seu colo. Com meus pés suspensos, meu sapato de salto caiu no chão.
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