ERASMO DE FONTOURA ESTEVES DIAS 280,281
ERASMO DIAS 1916 # 15 de maio de 1981 Ilha Galeria de Livros Erasmo Dias foi o nome literário e jornalístico que Erasmo de Fontoura Esteves Dias escolheu para registrar a sua imagem no texto e, através dele, permanecer vivo, após a morte. Passou a infância e adolescência em Cururupu, MA. Erasmo foi um escritor de estilo fluente, destacando-se como romancista, contista, ensaísta e crítico literário. Neste campo de domínio de conhecimento literário, do que não se perdeu, Nauro Machado resgatou-o na obra Erasmo Dias e Noites. Boêmio, a sua casa dos Apicuns, tornou-se um ponto de encontro de jornalistas, intelectuais, escritores e aspirantes às Letras. Onde quer que estivesse, no bar, nas ruas, em restaurantes, na Academia Maranhense de Letras, em comícios, em casa, Erasmo era o mestre, capaz de transformar um simples bate-papo em verdadeira conferência, em aula sobre quaisquer assuntos em questão. Membros da Academia Maranhense de Letras, na simples leitura do texto do romance Maria Arcângela, pode-se perceber onde poderia haver chegado esse romancista, mestre de obra romanesca que se dizia tão vasta, roubada ao baú do Erasmo que não teve nem a sorte do Erasmo de Roterdam, nem de Fernando Pessoa. Do andar de cima, Erasmo acompanha a viagem dos seus textos adotados como filhos legítimos não se sabe por quem. ( Nauro Machado) Erasmo Dias era meu padrinho282 de consagração, mas, no dia do batismo ele estava tão embalado por Baco que sempre pensou que era padrinho de batismo. Era uma figura impar , incisivo e alcoólatra, por definição . Eu sempre soube pela minha família, que se tornaram amigos pela proximidade da Rua de São Pantaleão, que ele era filho adotivo.Que teria sido abandonado na porta da família que o acolheu como filho. Lembro perfeitamente dele sentado na SERTÃ ( era esse mesmo o nome do bar que ficava na esquina da João lisboa em frente ao hoje prédio do BEM?) a discutir literatura com seus pares. Quando eu vinha voltando do Santa Teresa, por volta dos meus 13 a 14 anos e ele me via, me chamava, apresentava aos amigos e me fazia muitas vezes sentar em seu colo enquanto me elogiava e tratava com carinho . Eu tinha vergonha porque ele sempre estava com duas doses a mais do que precisava a humanidade. 280 CARNEIRO, Alberico. JORNALISMO QUE FAZ HISTÓRIA. Suplemento Cultural e Literário JP Guesa Errante, 1 de julho de 2006, disponível em http://www.guesaerrante.com.br/2006/7/2/Pagina780.htm, acessado em 08/05/2014. 281 JORNALISTAS MARANHENSES - ERASMO DIAS. Blog Educação & Tecnologia, publicado em 1 de março de 2012, disponível em http://sobrinhoeducacaotecnologia.blogspot.com.br/2012/03/jornalistas-maranhenses-erasmodias.html, acessado em 08/09/2014 282 Marly Serejo - https://www.facebook.com/groups/saoluisdenoossaslembrancas/ , publicado em 07 de maio de 2014.