LiteraLivre Vl. 5 - nº 28 – jul./Ago. de 2021
Jeane Tertuliano Campo Alegre/AL
Amargor A Náusea já não acomete
no meu caminhar hesitante.
o meu ser, ele a repele;
Já não posso ser como antes!
não suporta desfalecer
Divagante, a criatura errante
quando submerso está
que em mim faz morada,
a sentir o seu desaguar
por vezes, estagna na estrada
demasiado indelicado.
e observa a estremecer
O que me restou
a multidão que desfila
da sua presença indolor
sem porquê nem para quê
foi somente o Amargor
na passarela do maldizer
que impregnou o meu olhar,
que corrói o pensar
tornando-me descrente
daqueles que por ela
em relação a tantas coisas
ousarem andarilhar.
que adoeciam a minha mente,
Nada falo, tudo escuto.
embora fossem inexistentes.
O soberano saber é mudo.
Há traços do Obscuro https://instagram.com/lirismoemflor/
100