LiteraLivre Vl. 5 - nº 28 – jul./Ago. de 2021
Aldenor Pimentel Boa Vista/RR
Deus para presidência Depois
de
renúncias
e
uma
cassação,
duas a
bradou que ao, ouvir o clamor do seu
no
povo oprimido, desceu para libertá-lo.
País. O povo saiu às ruas novamente por
Mas garantiu que não faria milagres,
mudanças. Uma sensação e um grito
para a frustração de muitos.
instabilidade
um
impeachment,
política
instalava-se
pareceu um sermão, da montanha,
ganhavam corpo, em meio àquele misto
Em
seus
primeiros
dias
de
de indignação e desesperança: de que
governo, impôs medidas paliativas:
só
deu pão a quem tinha fome, remédio
Deus
poderia
resolver
aquela
situação.
aos
Os grandes líderes da República, de todas
as
tendências
ideológicas, atender
decidiram
ao
conduziram,
clamor por
enfermos
e
casa
aos
desabrigados. Pelos corredores, os
partidárias
e
críticos chamavam-no de populista,
se
e
mas
reunir
das
unanimidade,
as
pesquisas
de
opinião
ruas:
apontavam que a aprovação do seu
Deus
governo batia os 100%.
para presidente. Não havia nome mais
Com
oportuno: Ele gozava de popularidade e
primeiras
era relativamente bem quisto ou, pelo
baixou os impostos e foi acusado de
menos, tolerado pela maioria, da ala
afugentar
mais conservadora à mais radical.
diminuiu o número de comissionados
Deus
medidas o
capital
vieram
as
controversas: estrangeiro;
só
e o chamaram de perseguidor dos
soberana
da
trabalhadores; quadriplicou o valor do
totalidade da Nação. E assim foi: a voz
salário mínimo e logo disseram que
do povo foi a voz de Deus. E Ele, enfim,
Deus arrombara de vez a Previdência.
ostentou no peito a faixa verde-amarela.
Ele também aumentou sobremaneira
Em seu discurso de posse, que mais
o valor
por
uma
tempo,
condição:
assumiria
impôs
o
vontade
10
real
do investimento
em