LiteraLivre Vl. 5 - nº 28 – jul./Ago. de 2021
Chumbo Pinheiro Natal/RN
Cinzas Perdi o fio da meada
em direção ao rio,
e da história.
que não morre!
O fio da memória
E grita por socorro
já não passa
na voz de um sapo ninja.
na tela do meu filme
A água é turva,
cortada por uma lâmina de navalha
a fome é clara,
feita de palavras.
o dia é de sol e seca.
Meu travesseiro é um androide,
A dor não vem das estrelas
Um smartfone, um tablet.
mais elas aparecem, é noite.
Estou no asfalto
O dia escuro
sob uma infinidade de luzes,
o fogo do sol
e de uma lua
não é mais do sol
que ainda teima em ser soberana.
é do meu peito,
Na madrugada um grilo triste
é do meu chão.
resiste na beira de um canal
Eu bebo suor
para águas servidas
e como vidro com a mão
que escoam dos ralos
enquanto vou me tornando
das casas e mansões
cinzas.
e seguem lentas
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