LiteraLivre Vl. 5 - nº 28 – jul./Ago. de 2021
Gislene da Silva Oliveira Paragominas/PA
Vendedor de Flores Então é isso! Se Charles Chaplin
não
traz
em
sua
biografia
o
abandonou tudo por causa de uma
envolvimento com uma florista. Esta
vendedora de flores, será que eu vou
singela
abandonar
experienciada
tudo
por
causa
de
uma
história por
amor
sua
principal
criação,
essa frase não lhe saíra da cabeça. A
Carlitos, ícone do cinema mudo, que
discussão
se apaixonou por uma florista cega,
causa
de
seu
novo
subemprego foi acalorada... o feminismo
vagabundo
foi
bilheteira de festa? Durante muitos anos por
o
de
e
estiloso
no filme Luzes da Cidade.
e o machismo velados, falaram por si,
Ainda com sorriso nos lábios,
talvez por eles, mas ser “a bilheteira de
cantarola um trecho de canção “...um
festa” ficou marcada na sua memória.
vendedor de flores, ensina seus filhos
Independente
escolher
seus
amores...”,
respeitada na sua área de atuação, hoje
pensamento
não
está
com a certeza de que essas palavras
passado,
não lhe causam mais sentimento algum,
presente, na vida presente e no
não
sorriso
presente que a vida lhe deu. Ainda há
sorrateiro que insiste em escapar-lhe do
quem diga que a Terra é plana,
canto da boca, ao constatar o equívoco
impossível! É re-don-di-nha! E dá
cometido muitos anos antes. Mais uma
muitas voltas, numa dessas a cabeça
vez autor e obra se confundem, criatura
gira, o coração dispara e você se
e criador são amalgamados em meio às
encontra no avesso da situação. Ela
informações. Charles Spencer Chaplin,
não é mais a bilheteira de festa, vê-
renomado produtor, ator e diretor de
se diante da tomada de decisões, das
cinema, embora tenha protagonizado
escolhas, está apaixonada por um
diversas paixões e vários casamentos,
vendedor de flores!
consegue
e
segurar
profissional
o
84
a
agora
se
mais detém
seu no no