Adriana Manduco é natural de Brasília-DF. É cristã, gestora em Administração, consultora financeira, perita grafotécnica e escritora romancista. Autora da trilogia: Como Num Piscar de Olhos. Autora da coletânea de contos: Eu, mulheres... Autora da crônica: Por que amo Brasília? Participante de várias antologias, publicações em revistas literárias, entre outros. Seu foco literário está no Romance de época voltado para ficção cristã. E-mail: adrianamanduco@yahoo.com.br https://www.facebook.com/adriana.manduco/
MARIANA CRIOULA Novembro, 1838 - Rio de Janeiro – Brasil A economia cafeeira desponta na região fluminense, Vale do Rio Paraíba. A mão de obra escrava corresponde a maioria da população da região. Grandes fazendas crescem e se multiplicam às custas do trabalho forçado de negros e negras, comprados no mercado de escravos, trazidos em navios negreiros sob condições totalmente desumanas. O crescimento financeiro deslumbra os grandes produtores de café que exigem cada vez mais de seus serviçais. Constantes e impiedosos castigos eram imputados aos serviçais, muitas vezes sem motivo algum. Grandes troncos, estrategicamente colocados no pátio das fazendas, serviam como mastro onde escravos eram amarrados e açoitados com um instrumento feito com tiras de couro, até quase a morte. O número de chicotadas era definido de acordo com o “delito” do homem ou mulher castigados. 13