A TFP prepara os espíritos para a aceitação desse unum, dá-lhes apetência por esse unum, e de algum modo a posse desse unum. Isto explica a confiança que a TFP tem da parte dos bons, mas também o ódio que tem contra ela os ruins. Porque os ruins veem nela uma espécie de concentração de execrabilidade. Isto faz da TFP o fermento mais ativo da Contra-Revolução326.
* A serpente, quando quis acabar com o Paraíso, a razão não era o ódio contra as tulipas ou o ódio contra as garças, os cisnes ou as águias, supondo que houvesse tulipas, garças, cisnes e águias no Paraíso. Ela tinha ódio contra o Paraíso, e contra Adão e Eva no Paraíso, porque eram de algum modo uma síntese do Paraíso. Assim também a Revolução tem ódio da alma ultramontana, ortodoxa a cem por cento, alma essa que, pelo fato de existir, a contesta tão profundamente que ela não pode tolerar. A propaganda revolucionária não se volta contra os vários aspectos da Contra-Revolução, mas contra o unum da Contra-Revolução. E esse unum é que devemos representar327.
* Conhecer a minha mentalidade é, portanto, conhecer inteiramente os princípios que professo e amo, aos quais sirvo e dei a minha vida. Por exemplo, o meu modo de viver tem um caráter militante que dá um aspecto de conquista militante até ao raciocínio que chega ao seu termo. Se eu não pensar com truculência, não pensarei até o fim. Entra aí uma luta minha contra a possível preguiça que todo homem tem para o bem328. Os componentes essenciais desse “unum” Nós amamos todo o bem, mas amamos com uma intensidade desigual, como um pai que pode amar todos os seus filhos, mas, se vê alguns deles atacados, postos em risco, o desvelo paterno para com esses filhos se desdobra e se multiplica. 326 MNF 12/12/90 327 MNF 7/12/90 328 Chá SB 3/3/88 138
MEU ITINERÁRIO ESPIRITUAL