Meu Itinerário Espiritual, vol 2 - Plinio Corrêa de Oliveira

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* Quem é puro, tem o espírito feito de tal maneira que tem horror ao impuro, é claro; o impuro é o sujo, o sórdido, o monstruoso, o arrevesado, o torto, o contrário do grande. Então, quando o puro incide sobre o impuro, incide sobre a coisa como não deve ser, e como não pode estar em função da grandeza. Portanto, a corte perfeita seria a corte que teria no seu mais alto grau a grandeza, e no seu mais alto grau a pureza346. O espírito aristocrático O amor ao aristocratismo entrou em minha alma fundamentalmente pelo lado família. Mas também pela consideração do meio de famílias que a minha família frequentava, que eu conhecia e que era muito modelado segundo aquele velho aristocratismo paulista de que falou Clemenceau quando visitou São Paulo347. Isto me entrou muito na alma. Mas muito. Admirei muito, gostei muito, entendi muito como se deveria ser348.

* O conhecimento do mundo externo e interno é simultâneo. A pessoa vai tomando conhecimento de si na medida em que nota que as outras coisas não são ela. No núcleo dessa noção, estava a noção de que eu era um aristocrata. Parecia-me que, em tudo que fosse aristocrático, deveria haver uma coesão, uma harmonia, um encaixe. E que, nesse encaixe entre aristocrata e aristocrata, há torrentes de semelhança e diversidade, produzindo uma torrencial forma de amor. Por exemplo, entre um nobre francês e um nobre austríaco, se fossem retos, deveria haver um mundo de coesões. Também parecia-me haver uma coesão metafísica entre a aristocracia reta e o povo reto. 346 CSN 8/8/92 347 MNF 13/9/89 – Clemenceau viajou por vários países. Ele conta que em nenhum lugar do mundo fora da França, ele se sentiu tão francês quanto em São Paulo; ele sentia que aqui tinha um prolongamento da cultura francesa (EVP 24/8/86). 348 MNF 13/9/89 146

MEU ITINERÁRIO ESPIRITUAL


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“As vozes não mentiram”

12min
pages 238-254

A graça de Genazzano

7min
pages 234-237

O temor martirizante de não estar correspondendo ao chamado de Nossa Senhora

5min
pages 228-230

A paternidade espiritual do fundador

8min
pages 222-227

O receio de ter seguido uma via não desejada por Nossa Senhora

6min
pages 231-233

Consagração a Nossa Senhora nas mãos do fundador Adendo do compilador

3min
pages 220-221

Os discípulos devem discernir o “unum” do espírito do fundador

8min
pages 215-219

O fundador deve ser um símbolo vivo de sua obra

3min
pages 213-214

Pela originalidade de seu carisma, o fundador tem que ser seu próprio formador

5min
pages 210-212

O modo de fazer a ação de graças após a recepção da Sagrada Comunhão

6min
pages 206-209

A desconfiança e a severidade em relação a si mesmo

5min
pages 186-188

O espírito de sacrifício até o holocausto e o desejo de reparação

7min
pages 189-192

a combatividade contra-revolucionárias

16min
pages 177-185

O modo de rezar e pedir

1min
page 201

A atitude diante de Deus e de Nossa Senhora

8min
pages 202-205

O amigo da Cruz que se prepara para carregá-la prevendo a dor

9min
pages 193-197

O senso da honra católica

5min
pages 174-176

A reversibilidade do “tal enquanto tal”

5min
pages 171-173

A procura do sublime e do sacral

13min
pages 164-170

O espírito aristocrático

3min
pages 147-148

A “luz primordial” resumitiva

3min
pages 160-161

A combatividade cavalheiresca

6min
pages 149-152

Os componentes essenciais desse “unum”

3min
pages 139-140

A castidade

1min
page 146

A robustez da Fé

9min
pages 141-145

A pedra angular do amor à grandeza

5min
pages 157-159

A identificação com a Contra-Revolução

7min
pages 134-137

O “unum” da alma de quem foi chamado a simbolizar a Contra-Revolução

1min
page 138

Papel do filão “eliático” na história

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pages 125-126

O reconhecimento do caráter profético dessa missão

8min
pages 127-131

“Pater et dux” dos contra-revolucionários

3min
pages 123-124

Entusiasmo pelo Profeta Elias e o zelo pela causa de Deus

10min
pages 118-122

Devoção a Nossa Senhora do Carmo

1min
page 117

O receio de ter que assumir a liderança da Contra-Revolução

1min
page 111

Uma vocação contra-revolucionária

1min
page 108

O lírio nascido do lodo, durante a noite e sob a tempestade

7min
pages 104-107

O anseio por um líder contra-revolucionário

3min
pages 109-110

Novamente escrúpulos e a provação axiológica

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pages 101-103

A pior provação: ser perseguido por aqueles mesmos que se quis servir

5min
pages 98-100

O “grupinho do Plinio”: Jó em cima do monturo

2min
page 97

A degringolada como vingança pelo livro “Em Defesa da Ação Católica”

5min
pages 94-96

da Ação Católica de São Paulo

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pages 92-93

O encontro do equilíbrio

1min
page 89

Um lenitivo: a leitura do “Livro da Confiança”

9min
pages 84-88

Um novo e elevado patamar após a leitura do “Tratado da Verdadeira Devoção” e a consagração a Nossa Senhora como escravo de amor

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pages 69-73

Firma-se o ideal de dedicação integral pela opção do celibato – Choque com um veio de mediocridade no seio das Congregações Marianas

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pages 74-77

O combate ao orgulho

5min
pages 66-68

Os frutos da leitura do livro “A alma de todo apostolado”

5min
pages 63-65

Um quiproquó a partir da leitura da “História de uma alma”

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page 83

A leitura da “História de uma alma” e a aspiração à santidade

3min
pages 61-62

A provação de crer-se obrigado a abandonar, por obediência ao Papa, as convicções monárquicas e ter que aliar-se à República

8min
pages 55-58

Algumas consolações que sustentaram Dr. Plinio nesta travessia

1min
page 28

com a superficialidade e a brincadeira

6min
pages 17-19

A ruptura definitiva com o mundo revolucionário

9min
pages 38-42

Algumas renúncias fundamentais

1min
page 46

A terrível cruz da incompreensão e do isolamento total

12min
pages 20-26

A ascese para afirmar sua varonilidade sem transformar-se num “Esaú”

2min
page 27

Desenvolvimento da vida de piedade

4min
pages 44-45
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