LiteraLivre Vl. 5 - nº 27– mai/jun. de 2021
Gisela Lopes Peçanha Niterói/RJ
Era Eu vi onde era: uma esfera.
Engolindo um pranto profundo.
Um passo para o infinito
Provei do fim de tudo.
Um sonho de uma nova era:
E das coisas.
Era. De onde brotaram teus sonhos? Eu percorri léguas
Quem foram teus ancestrais?
Enxuguei mares
Quem teceu tua seiva (e tua história)
Vi estrelas se apagarem:
Que hoje, aqui jaz?
Despencarem. Vi a lua nua e prosa Despida das vergonhas e dos sonhos
E nesse labirinto
E um sol tão só e frio
(Lindo, velho e findo)
Refrigerando jardins
Do nada dos fins e inícios
E congelando nuvens:
Suspiro do éter que brota
Eu vi o fim do mundo...
Origem da alma que dorme: Tornei-me sopro...
Conchas se tornando areia
Ferrugem....
Areias parindo conchas E um Deus louco recolhido
Fagulha.
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