LiteraLivre Vl. 5 - nº 27– mai/jun. de 2021
Luís Amorim Oeiras, Portugal
A senhora do giz Escapando por um triz À senhora do giz Que tinha aquela infeliz Ocupação de surpresa Onde tirava defesa A quem só escrevia No suporte que referia Os malefícios tantos Pontuando todos os cantos Mas nada preparados A quem nos visíveis prantos Tinha suportes desfasados Para dar por contornadas Em quantificáveis admiradas As inúmeras contrariedades Postas nas seriedades Desafiantes às sociedades E eram por quantidades Desconhecidas naqueles lados Menos nos controlados Pela senhora do giz irritado Na maioria do enfrentado Escrito conteúdo visado. Mas nessa ocasião Da concreta intenção Pela senhora no rompante Entrando como desafiante Pela censura motivante E mais acrescento dito Que só ela ao quesito Saberia responder certo Estava o reduto deserto Pois que afinal, nem perto Estaríamos por concreto Pelo menos no directo Querer mais correcto. A senhora do giz pontual
Para não dizer existencial De sua parte nominal Chegara bem atrasada Para fuga respirada Até outra recepcionada Acolhedora efeminada Para escrita autorizada Ainda que localizada Como apenas disfarçada E para alguns apenas destinada. Ficara realmente encantada Ao receber no seu discreto Esconderijo talvez secreto A equipa da interventiva Escrita quiçá preventiva De outras nobres posições Nas constantes oposições E na certeza de serem lições Às incautas disposições Por vezes tão puras Como demasiado ingénuas Redigindo às escuras Ou caminhando nuas Para impiedosas censuras Que nada perdoavam E pelo tudo atordoavam. Nova fuga na rapidez Que escapou à nitidez De senhora apontando O giz ali esbracejando Pois depressa apercebeu-se De quem escondeu-se Atrás de escuros arbustos Com presença de sustos Cada vez mais próximos Minutos que seriam últimos Na certeza aproximando
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