LiteraLivre Vl. 5 - nº 27– mai/jun. de 2021
Alberto Arecchi Pavia – Itália
Verão na Cidade O
verão,
das
vontade de esquecer o que acontecia
atividades normais, como a época de
na rua, debaixo da minha janela.
Natal ou outras ocasiões de festas, é
Comecei a ir para algum site de bate-
tempo amargo de pensamentos. A gente
papo e de anúncios, pois me sentia
faz um balanço de sua vida, para dar
atraído pelas figuras de dominadoras
contas apenas para si mesmos. O verão
soberbas vestidas de couro preto,
não significa férias, mas a solidão. A
armadas
preguiça dominava sem contestação o
acessórios
passar do tempo, durante o dia, entre a
submeter qualquer homem à sua
televisão
vontade, ao seu poder. Todas essas
e
como
o
cada
pausa
computador.
Praias
com
chicotes
incríveis,
outros
capazes
imagens
uma tela de televisão. Viagens feitas só
altivas como deusas, olhavam para
com o coração, para lugares com o mar
mim a partir da tela e convidavam-
sempre azul, onde as palmeiras curvam
me a mil perversões... Foi assim que
quase dobrando para o mar, como se
uma noite quis realizar o contato com
estivessem-se
das
uma dominadora, para pedir uma
vagas, do recife, dum maremoto. É
reunião. Eu não queria, no entanto,
melhor então descansar em sua própria
procurar na minha cidade. Parecia-me
casa, nos dias quentes de verão que não
para manter a minha privacidade,
têm
por
com uma margem de autonomia, se
temperatura ou umidade, aos pântanos
eu contatar noutro lugar. Finalmente,
e as florestas tropicais. No dia você
decidi e liguei.
nada
resiste,
com
condicionado,
a
diante
invejar,
um
pouco
mas
quando
seja
de a
mulheres,
bonitas
de
tropicais de longe sonhadas, apenas em
curvando
de
e
e
ar-
Depois de muitas hesitações e de
noite
algumas tentativas decepcionantes,
vem... Comecei a passar as noites todas
conheci
na internet, em busca de um sonho, na
subjugou.
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uma Era
mulher uma
que mulher
me de