LiteraLivre Vl. 5 - nº 27– mai/jun. de 2021
Mestre Tinga das Gerais Corinto/MG
Vá Sina! A gente se perde por entre folhagens e os vaga-lumes Iluminam nossas vidas. Se cairmos como folhas secas, seremos outono, se sentimos o cheiro das flores, somos primavera, se recolhemos ao frio do vento, somos inverno, se nossos corpos vertem água, somos verão. São estações em equilíbrio controlando a diversidade do ser e assim emudecemos e ficamos à mercê da natureza, que com seu toque refina e tempera a vida. As águas serenas se manifestam e nos transformamos em manancial descobrindo assim o nosso ser! Para descobrirmos o nosso ser é preciso que a consciência esteja em estado de pureza e ao nosso redor as ações comunguem com as nossas ideologias. Uma vez o corpo a mercê da inércia e do descontrole do universo, ele ficará submerso de indecisões e todo o sistema vira um pandemônio em todas as linhas as quais vivemos. O que se nota é a falta de decisão humana no que tange viver em harmonia no seu habitat e o soro da vida sangue se transforma em água que em lamentos escorrem e abrem crateras pelo chão – lágrimas. O antídoto que muito se espera talvez não seja o salvar vidas e sim a segurança de poder transmitir força e crédito nos nossos líderes, que na naquela inércia causou o descontrole e o que vimos é o planeta em polvorosa de pés e mãos atados, esperando a ceifa e nós colheita no labirinto da incógnita. Um adeus mais sutil talvez fosse: vá sina! E lá a sina indo por entre sonhos e incertezas e a mente atordoada pelo distanciamento de almas enclausuradas, ali se alimentasse se insônias e em cada grito de desespero, a frieza da lápide e o lá o epitáfio: AQUI JAZ UM SER E SUA SINA! VÁ SINA! As seringas do tempo são os conta-gotas da alma que com sentimentos lúgubres, mergulham em cada amanhecer na esperança da tal dose que irá salvar a humanidade!
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