LiteraLivre Vl. 5 - nº 27– mai/jun. de 2021
Anônimo
Itaclíada: A Lenda de Ítaca (encontrado num tablete de pedra às margens do rio Tibre) Traduzido do latim-celta por: Orestes de Sousa Tsípras Era uma vez uma paradisíaca aldeia de pescadores chamada Ítaca. Ítaca era o lugar com o mais lindo pôr do sol do Mundo e era também onde tinha uma lagoa com os mais deliciosos peixes e camarões que existem (só não vou comentar mais sobre isso para não dar água na boca). Mas, afinal, quem descobriu Ítaca? Ora, Ítaca foi descoberta por ninguém mais, ninguém menos que um líder do Condado Portucalense chamado João Silva, quando ele decidiu deixar o trono ao seu filho mais velho para poder se aposentar. O Conde Silva tinha passado a ter desgosto da vida na Realeza desde que ficara viúvo da rainha Joana de Castela. Ao deixar seu antigo lar, o Conde Silva pegou um barco e fugiu do porto de Vigo para desbravar os mares nunca antes navegados à procura de uma nova terra para curtir a vida. Encontrou-se erradio por um longo período, eis que se encontrou em São Tomé e Príncipe, próximo ao desaguadouro de uma lagoa conhecida como Lagoa Augusta, lugar em que se deparou com Ana, a filha do homem que ali comandava. Do encontro entre Ana e o Conde Silva resultou um matrimônio e chegaram duas filhas gêmeas, as quais posteriormente administrariam São
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Tomé e foi conduzindo de tal modo eis que Ana deu à luz às meninas Valentina e Semprônia. Na altura em que essas gêmeas vieram ao Mundo, mais um imperador, desta vez um cruel homem chamado Lico, havia tomado São Tomé, ou conquistado, do modo que se fala. Temendo, no entanto, que tais gêmeas amadurecessem e o banissem de lá, o imperador Lico ordenou que as colocassem num cesto e as lançassem pela correnteza da Lagoa Augusta. Lico o fez aproveitando que o Conde Silva tinha saído para caçar e Ana estava adormecida. A sábia deusa Palas Athena, a Minerva, vendo do alto do Olimpo as gêmeas errando pela correnteza da Lagoa Augusta, apiedou-se delas e resolveu, pois, ajudá-las. Conversou com o líder olímpico Zeus Onipotente, o Jove (ou Júpiter) – de quem era filha partenogênica – para que ele a permitisse que ajudassem as bebês mortais e, tendo sido permitida, resolveu de[s]cer [as]sumindo a forma de uma onça-pintada para, assim, ajudá-las ao resgatar as gêmeas, tirando-as [d]o cesto e amamentando-a[s]. E Palas desceu. se
As meninas, pois, resgataram– e de uma maneira muito