LiteraLivre Vl. 6 - nº 34 – Jul./Ago. de 2022
Marcelo Foohs Porto Alegre/RS
Poesia Marota O poeta que pensava que a poesia que escrevia era sua fiel amante Um dia ficou irritado ao vê-la acenando dos braços de um outro homem Porque fazes isso comigo miserável Não te lembras que eu te escrevi? E tu, homem bobo, não sabes que me cria em sua mente todo aquele que me lê? Com cores vibrantes com que tu nunca me adornaste E perfumes agradáveis com que tu nunca sonhaste Te rasgo então, disse o poeta furibundo Pois rasga-me se podes Faz-me em mil pedacinhos se te apraz E cada um dos pedaços que só te pertenceram por um momento fugaz Servirão de inspiração para mil outros que irão me amar
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