LiteraLivre Vl. 6 - nº 34 – Jul./Ago. de 2022
Maria Luiza Vieira Silva Arapiraca/AL
Minha História Eu sei, quando falei que havia mudado,
acolher, eu abracei meus demônios e
estava mentindo
fiz minha própria morada dentro de
Talvez
tenha
conseguido
convencer
mim.
E
agora,
sem
deixar
ser
algumas pessoas ao meu redor, mas
dominada por minhas emoções, abro
meu eu sabe que isso não é real
espaço
Minha
fraqueza
continuou
me
dominando durante um longo tempo, ainda não acreditava em mim, não
para
uma
reforma
extraordinária, onde minha casa, será a nossa casa, e seus demônios serão acolhidos pelos meus, como irmãos.
acreditava que eu podia ser alguém, que
Já houve vezes em que senti tanto,
eu podia ser melhor
que não fui capaz de colocar em
Não me amava verdadeiramente, com todo meu ser
palavras escritas, tudo aquilo que estava
guardado
Angústias,
no
meu
decepções,
peito.
saudades.
Mas você me dá forças para olhar para
Tivera vezes que pensei que fosse
dentro de mim, e ver o que precisa ser
morrer
visto
próprias emoções. Então descobri que
Eu vi,
e durante
um
tempo tentei
Não queria acreditar naquilo que estava
ninguém
ajudou, nunca
de
fez
um antes.
jeito Mas
que sei
também que é mérito meu, tantas vezes neguei
sua
ajuda,
mas
minhas
é pra isso que eu escrevo, é disso que não posso parar, mesmo que eu não consiga por em palavras, escrever
sendo exposto na minha frente me
em
eu vivo, eu sempre amei escrever e
ignorar, me neguei, eu chorei, sofri
Você
engasgada
quando
finalmente decidi ceder, aceitar e me
114
algo, alguma coisa, sempre escrever. É o meu ser, ele pertence às letras, as palavras, as linhas curvas e retas, linhas tortas, linhas, somente linhas. Nelas estão contidas todas as minhas