LiteraLivre Vl. 6 - nº 34 – Jul./Ago. de 2022
Mario Gayer do Amaral Pelotas/RS
Albert Já fazia algum tempo desde que saí do Oriente Médio em busca de um norte para minha vida e mesmo com minhas 1000 peças de ouro na bagagem não consegui arranjar ainda um ofício importante. Não tinha nenhuma vocação pra burocrata apesar do mestre Zaid Al-Rifai ter me encarregado de ser uma espécie de ministro do Tesouro. Sempre fui um guerreiro e o campo de batalha era minha razão de viver. Felizmente meu mestre entendeu isso e me incentivou a procurar um novo caminho sempre respeitando o valor da palavra dada. Vagando pela Europa de país a país passando por abismos e florestas, por estradas de terra e de pedra vinda de uma antiga civilização bastante avançada nesse tipo de coisa, a romana. Nas cidades que passei, conseguia algumas vezes um serviço razoável como escoltar um nobre do Sacro Império Romano-Germânico que levava um carregamento de moedas para a Igreja. Mesmo sendo eu um muçulmano, cumpri o trabalho a contento e ganhei um bom dinheiro. Fui ainda caçador de recompensas por um tempo antes de ser aceito na guilda de mercenários graças a minhas habilidades em combate e também em relatos de cada missão feita seja matando bandidos ou soldados. Ali conheci um grande homem. Um guerreiro tão hábil na espada como eu e um semblante bastante alegre no rosto. Seu nome era Albert Walker. Não sabia muito sobre seu passado e alguns diziam que vinha da Bretanha, outros que era oriundo da Escandinávia devido a sua barba e seu tamanho avantajado de viking.
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