3. Embora a colaboração das autoridades locais em muitos países deixe a desejar, sempre resta, em outros, a possibilidade de, em sendo procurados nominalmente, se detectar a presença desses terroristas.37
Portanto, mesmo banidos do território nacional, os envolvidos nos sequestros seriam acompanhados de perto pelos agentes da repressão brasileira, exigindo a colaboração internacional que seria posteriormente corporificada no Plano Condor. Neste sequestro foram libertados, da VPR, os militantes: Almir Dutton Ferreira, Altair Luchesi Campos, Ângelo Pezzutti da Silva, Carlos Minc Baumfeld, Darcy Rodrigues, Dulce de Souza Maia, Edmauro Gopfert, Eudaldo Gomes da Silva, Flávio Roberto de Souza, Ieda dos Reis Chaves, José Araújo de Nóbrega, José Lavecchia, José Ronaldo Tavares de Lira e Silva, Ladislas Dowbor, Liszt Benjamin Vieira, Maria do Carmo Brito, Melcides Porcino da Costa, Oswaldo Antonio dos Santos, Oswaldo Soares, Pedro Lobo de Oliveira, Tercina Dias de Oliveira. Os demais presos trocados pelo embaixador foram: Aderval Alves Coqueiro, Apolônio de Carvalho, Carlos Eduardo Fayal de Lira, Carlos Eduardo Pires Fleury, Cid de Queiroz Benjamin, Daniel Aarão Reis, Domingos Fernandes, Fausto Machado Freire, Fernando Gabeira, Jeová Assis Gomes, Joaquim Pires Cerveira, Jorge Raimundo Nahas, Marco Antonio Azevedo Meyer, Maria José Carvalho Nahas, Maurício Vieira Paiva, Murilo Pinto da Silva, Ronaldo Dutra Machado, Tânia Rodrigues Fernandes. Vera Sílvia Araújo Magalhães. Alguns desses militante ficariam muito mais próximos, especialmente aqueles que decidiram ir para o Chile seguir a luta. Encontrariam então os 70 libertados do suíço quando eles lá chegassem.
O caso do embaixador suíço Todo mundo – todos os militantes da VPR, sem exceção – participou do sequestro. Só que esse ‘todo mundo’ naquele momento não passava de oito pessoas.38
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Ministério das Relações Exteriores do Brasil. Pedido de Busca. Confidencial. 22/1/1974. Arquivo Nacional, Brasília. 38 José Roberto Rezende, in: BENEDITO. P. 81.
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