Folder do Curso “Cultura Alimentar e Sustentabilidade na Produção de Alimentos Saudáveis”, realizado em Araçuaí-MG.
Arquivo do projeto
Acadêmicas ministrando a palestra sobre as Boas Práticas de Manipulação, na cidade Araçuaí-MG.
Cabe salientar, entre os resultados fáticos produzidos pelo presente projeto, o desenvolvimento das habilidades comunitárias de produção de alimentos seguros e saudáveis, em destaque, a produção de geleias doce. O ensino das técnicas de produção desses alimentos, contemplando o início do processo produtivo até o final, com armazenamento adequado em embalagens prontas para a comercialização, ou seja, a possibilidade de beneficiamento e agregação de valor aos produtos, incentivou algumas famílias a vislumbrarem uma fonte de renda. Entretanto, a proposta dos minicursos assentou no aproveitamento de matérias-primas e recursos locais, isto é, 58
utilização de frutos nativos da região em conformidade com as condições edafoclimáticas, assim como com as características hídricas. Os frutos nativos da região do Vale do Jequitinhonha, com predomínio do bioma cerrado, apresentam sabores sui generis, com notáveis teores de açúcares, proteínas, sendo suscetíveis à produção de sucos, licores, sorvetes, geléias e outros. Durante as visitas in loco, foi perceptível a ausência de árvores frutíferas, confirmada pelos(as) moradores(as) das comunidades quilombolas. Na oportunidade, também relataram a ausência de árvores de sombreamento, importantes para o enriquecimento da flora, bem como para
manutenção de locais com temperaturas amenas para produção de hortaliças e conservação de nascentes. Nesse sentido, surgiu a demanda, a partir do projeto em execução, de amenizar a carência de árvores nativas em geral, para plantio em áreas degradadas e acidentadas, quais sejam, frutíferas, para a formação de pomares com frutas nativas do cerrado, e formação de viveiro para propagação vegetativa, mediante técnicas de enxertia e estaquia. Com essas ações, seria possível aumentar a produção de frutos e seu beneficiamento para comercialização. Para angariar diferentes tipos de mudas frutíferas e para outros fins, os membros da equipe do projeto firmaram parcerias com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Salinas/MG, com a coordenação do curso de graduação em Engenharia Florestal do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Norte de Minas Gerais - Campus Salinas, bem como com um proprietário de viveiro particular na cidade de Salinas/MG. Todas as mudas foram doadas pelas instituições. Aproximadamente duzentas e cinquenta mudas de diferentes espécies nativas e de outros biomas foram cedidas a saber: mangaba, pequi, baru, cagaita, jenipapo, macaúba, jatobá-do-cerrado, gabiroba, buriti, araticum, maracujá, goiaba, manga, café, ninho, pata de vaca, coqueiro, bacabeira, umbu, uva, atenoia, caju, cajá, romã, jaca, acerola, graviola, pitanga, pitomba, pytaia, pinha, limão, limão doce, tamarindo, laranja campista, laranja flor, pokan, cana, mamão, jabuticaba, ipê de diversas cores, roseiras, citronela, corante, cidreira, oiti, coité, saboneteira, chama passarinho. Também no viveiro do IFNMG/Campus Salinas, foram disponibilizadas troceiras de vetiver, indicado para prevenção de erosões, e para possibilitar um solo mais estável – uma herbácea que se desenvolve em moita, pode atingir cerca de dois metros de altura e
Contação - Aprende-se ensinando nos Vales e Gerais