LiteraLivre Vl. 4 - nº 23 – Set./Out. de 2020
Tauã Lima Verdan Rangel Mimoso do Sul/ES
Sinestesia As mãos atrevidas percorrem o corpo em ardor Um desejo lancinante, abrasador e sem temor A íris dilatada delira em um êxtase tão delirante Os gemidos me provocam em um tom excitante Reajo a cada instinto em profunda sinestesia O corpo se contorce em prazer que me arrepia A pele ouriçada pela língua úmida, convidativa Liberto minh’alma desejosa e mui entorpecida O instinto prazeroso me abduz em torrentes Os corpos suados se entrecruzam indolentes Os sentidos se aguçam ao cheiro amortecedor A tua presença provoca a avassaladora paixão Torna o coração incontido em uma palpitação Do querer sem fim, do desejo enlouquecedor
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