LiteraLivre Vl. 4 - nº 23 – Set./Out. de 2020
Vagner Pereira Barra Mansa/RJ
Porque Escrevo Ficção? Uso o cotidiano selvagem para dar asas à minha imaginação, Tão gostoso voar sobre a mortal mazela da realidade. Não existe fonte mais inspiradora que a vida real, Uma vez mergulhado nela, adentro impetuoso no imaginário do réu. Chamam-me de estranho por ficar de longe: apenas observando. Enxergo melhor a divina comédia quando estou de fora, mesmo longe, não conspiro nas sombras. Apenas contemplo a tudo e a todos valsando no salão. Todos têm uma história interessante para contar, em relação à vida alheia sou mero escrivão. Com a faminta vontade de registrar, o que meus olhos não podem lhe sonegar. Caçando a história errada no momento certo; ou seria o contrário… Fornalhas de ardentes desejos infinitos, que como derradeiras palavras do espírito vão jorrar. Vejo além das faces mascaradas, cujos segredos serão revelados. Além de faces nuas, e nervos expostos à flor da carne, dou-lhes conflitos, dramas, suplícios e outros disfarces. Seu coração transborda e minha mão psicografa o imaculado papel. Não importa onde e quando, do inferno ou ao céu, Brinco de criador de inúmeros universos, com a simples promessa de momentos e de personagens, Na tentativa de imortalizar o sonho que o tempo não deletará. Materializo e condenso o bendito fruto da imaginação, O qual desejo, que você encontre nessas surpreendentes páginas.
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