LiteraLivre Vl. 4 - nº 23 – Set./Out. de 2020
Farah Costa São Paulo/SP
Insensatez
Eu ressuscito os mortos, tocando nas suas lembranças, me desequilibrando. Nesse toque, sinto no ar presenças não aparentes. Meu olhar não toca no seu, mas a minha memória é presente, é insubmissa. E insubmissa sou, como um cavalo selvagem, na minha loucura. Mas presente eu sou, na sua memória. Combato meus personagens imagináveis, mente além da imaginação. Queria ir de encontro a luz, a luz da contemplação Não queria sentir esse vento frio. Queria beijar a sua boca carnuda, mas agora estou presa. Presa na vida, vida que não liberta, o passado. Quero o presente e a cor incandescente do futuro.
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