LXIX SESSENTA E NOVE
O MISTÉRIO DO NATAL
A raça dos seres humanos que vivem sobre a Terra tem, comprovadamente, três histórias distintas. Uma pagã, que se refere ao tempo cronológico de sua existência, contada por homens através de relatos, comprovações filosóficas, científicas, registrada em anais, livros, enciclopédia e obras literárias. Outra sagrada, religiosa, que conta sua caminhada e relação com Deus, escrita pelo homem sob inspiração divina, registrada nos livros das Sagradas Escrituras. E a terceira é a história pessoal de cada um, contada pela sociedade, conforme a importância do indivíduo e registrada através de documentação em cartório, escolas, profissões, árvore genealógica e por sua participação na vida pública.
Dentro de sua própria história, o povo, ou o indivíduo em seu tempo, tem sempre a esperança de conquistar “um lugar melhor ao sol”. É o seu sonho, que, no fundo, é o mais sagrado desejo de viver eternamente ser plenamente feliz. Em diferentes tempos, sempre houve momentos fortes que marcaram a trajetória humana, em qualquer uma de suas histórias. Na história profana criaram as armas, os meios de transporte e os meios de comunicação. No transporte foram tão perfeitos que chegaram voar para encurtar distâncias e alcançar lugares, que pareciam impossíveis, como o espaço, a lua e os planetas. Na comunicação conseguiram “globalizar” a Terra para trocar informações em frações de segundos. Na história sagrada a esperança dos povos centralizou-se num simples menino que nasceu numa manjedoura e se colocou como ponto de contradição entre os poderosos. Resgatou as pessoas da morte, sarou-os de suas feridas profundas, lhes devolveu a dignidade e mostrou como se respeita e se ama o ser humano. Revelou o significado do perdão e fez demonstrações práticas de como se deve perdoar. Sem demagogia, apresentou uma nova forma de vida, colocando-se como o mais seguro caminho para ser feliz. Provou que o orgulho, a vaidade, a inveja, a insensatez, a prepotência, o ciúme, a preguiça, a mentira, a vingança, a desonestidade, volúpia, a imoralidade, a injustiça, a ganância, a incoerência 153