VII SETE
GARANTIA DE PERFEIÇÃO E ETERNIDADE
Existe no ser humano uma tendência natural à busca da eternidade e perfeição. Há quem acredite que se descobrisse que jamais morreria, sua vida seria mais feliz neste mundo. Desse anseio profundo do homem, em ser eterno e perfeito, nasce sua necessidade vital de tratar com Deus que é eterno e perfeito em sua natureza. Os homens buscam a própria perfeição como garantia para a eternidade. Essa busca se dá através do relacionamento com Deus, que provoca a convivência do humano efêmero, com o Divino perene. Isso pode acontecer de diferentes formas, durante todas as horas e dias, da vida do ser humano. Essa é a verdadeira oração, ou seja, o relacionamento efetivo e a convivência amistosa com Deus. Então, em que pé está nosso relacionamento com Deus? Como anda nossa convivência com o Pai? É preciso rever isso. Estamos agindo corretamente em nossas orações? Sobre o nosso encontro cotidiano com o Ele é mister considerar dois aspectos determinantes. O primeiro diz respeito ao fato de não estarmos tratando com um Ser semelhante ao homem. Lembremo-nos que Ele disse “Façamos o homem, a nossa imagem e semelhança”, e não, “De hora em diante sejamos semelhantes ao homem”. Entre isto e aquilo há uma grande diferença. Portanto, Ele é Divino e nós somos humanos. Isso jamais poderemos esquecer ou mudar. O outro aspecto é relacionado ao fato de não sabermos direito o que é bom para nós, porque ainda somos imperfeitos, enquanto vivemos nesta Terra. Em decorrência disso ficamos “malhando em ferro frio” e nossa oração não produz. Ainda não sabemos ou esquecemos como se reza. É preciso aprender e/ou reaprender isso. Dessa forma, é necessário compreender e aceitar que a dimensão Divina é outra em relação à nossa. Relacionar-se com Deus, através da oração, da contemplação e da meditação está além da capacidade meramente humana. Então, o que é rezar? Rezar é simplesmente estar com Deus. É por esse motivo que fechamos os olhos, queremos fechar os ouvidos, cessamos os gestos, junta27