X DEZ
A LEITURA E O PROFETA
Entremeio a ditos, exclamações, afirmações e provérbios, dispersos ao léu, existem também, as profecias. Aqui uma pequena pausa para refletir sobre profecia. Em seu sentido tradicional é a predição do futuro. A afirmação de um vaticínio. Na visão teológica dá fé é um milagre, ou seja, uma espécie de argumento externo, que comprova a Revelação Divina. As profecias sempre saem da boca de um homem chamado Profeta. Este tem uma vocação especial para predizer o futuro, seja ele bom ou ruim. Nos últimos tempos houve uma proliferação de profetas. Andam aparecendo até pitonisas. São inúmeras as profecias que surgem com o passar do tempo. Cada uma com sua finalidade específica. Há profecias oriundas da boca de charlatães e há profecias oriundas da boca de Profetas, de fato e de direito. Qual a diferença? É simples.
As profecias que saem da boca do Profeta legítimo, são aquelas que têm duas funções especiais e cumprem seus objetivos próprios de profecia, ou seja, elas anunciam a verdade e denunciam a mentira. São verdadeiras porque, aconteça o que acontecer, não fogem dessa prerrogativa. Elas não procuram adaptar seu resultado conforme convém para esta ou aquela ideologia econômica, política, religiosa ou bélica. Simplesmente anunciam a verdade. E, se a verdade for camuflada ou distorcida para beneficiar quem detém o poder e o comando da situação, denunciam, para que todos saibam qual é a verdade. Por outro lado, as profecias que saem da boca de homens que “vivem disso”, alcunhados de falsos profetas, e destes o mundo está repleto, são sempre convencionais. O falso profeta vai dizendo o que lhe convém, desde que machuque somente o adversário, seja político, religioso, profissional liberal, etc. Se convier que seja anunciado o fim do mundo, então isto será um “prato cheio” para uma boa “profecia”. Se houverem catástrofes, melhor ainda. Profetizar a destruição de uma família, de uma empresa, de uma comunidade ou a morte de alguém é o que dará maior credibili33