XIII TREZE
SER E TER PAI
Passados milhares de anos desde a origem do mundo e, especificamente, da advinda do homem sobre a Terra, foram criados muitos conceitos, expressões e realidades que não se desgastam, nem perdem o brilho, o fulgor e o sentido, para designar e expressar os laços de relacionamento entre pessoas na sociedade. Um deles é a palavra pai. Quem já não deve ter pronunciado essa palavra com diferentes conotações? Quem já não deve ter se beneficiado com a paternidade? Para uns é um termo quase sagrado que evoca a origem e o princípio de tudo, para outros é apenas a definição de um homem que teve um ou mais filhos e, para outros ainda, representa toda sacralidade de Deus Criador do Universo e de tudo o que nele contém. De qualquer forma cada um dos seres humanos emprega e utiliza o termo conforme queira ou necessite. Mas é necessário compreender bem o seu verdadeiro significado, antes de utilizá-lo, para que isso seja feito adequadamente. Os bons dicionários a ele se referem como genitor, criador, homem que procriou um ou mais filhos, bem feitor, inventor e assim por diante. É preciso entender que a palavra pai carrega em si mesma a ideia de alguém que concentra, na sua própria essência, a fonte de origem do filho. A Sagrada Escritura revela, em todo seu contexto, a associação da expressão pai ao conceito que se formaliza sobre Deus e o declara como o verdadeiro Pai. Ao fazer isso ela se utiliza da concepção humana da palavra e toma emprestado o “exemplo”, a partir das experiências físicas, psicológicas e sociais dos pais e esposos, que vão construindo a história do povo escolhido, numa relação formalizada de chefe de clã ou de família, posteriormente.
Além disso é entendido também como o princípio primordial de uma futura descendência, donde surgirão uma posteridade com a finalidade de povoar o mundo e dar continuidade à raça. E nesse sentido a missão do pai é de “co-criação”, sendo essa a forma encontrada por de Deus para prosseguir, ininterruptamente sua majestosa obra de criação da humanidade. 39