XLII QUARENTA E DOIS
O REAL SIGNIFICADO DA VIDA
Ninguém pode fugir da própria condição a que lhe submete a natureza humana, esconder-se ou fingir que não ouve, o chamado de Deus, que nos convoca a viver neste mundo e nos preparar para o outro e nem se eximir da responsabilidade que o universo lhe sobrepõe. Afinal existimos, e por possuir essa característica da existência, faz-se necessário que respondamos aos ditames da vida. Ninguém pode experimentar algum tempo de vida e, se não gostar, retornar, em partes, ao organismo paterno ou ao organismo materno e aos sonhos e anteprojetos divinos.
Nossa existência é uma só. Somos seres eternos. Antes projeto, semente no coração do Pai. Depois, projeto executado, existência consciente, com memória, raciocínio, vontade, paixão, crenças e esperanças. Finalmente, seres prontos, ressuscitados, perfeitos e eternos. Mas únicos. Existe apenas um eu individual, sem repetência, sem cópias, entre bilhões. Não existem dois “pedacinhos de Deus” semelhantes. Cada um ser humano é um “pedacinho” dele aqui na Terra e, como tal deve brilhar, para fazer jus à sua condição de filho ou filha. Viver é uma aventura repleta de grandes mistérios, escondidos em cada esquina da existência. Viver é uma sequência de encontros, por vezes felizes, por vezes desastrosos, alegres ou tristes, pacíficos ou tumultuados, porém, é um eterno encontro com outros “eus”, da mesma forma, brilhantes. Somente tem sentido esta vida se houverem encontros entre nós, pequenas partículas e, também, com o Todo Imenso e Eterno. Viver é a possibilidade que se tem de abrir portas sem, no entanto, saber o que existe atrás de cada uma. Esta é a mais emocionante aventura da vida. Em cada compartimento que se adentre poderemos encontrar momentos felizes ou momentos tristes. Porém, se formos juntando todos os “pedacinhos” de felicidade que encontrarmos e os guardá-los com carinho, certamente chegaremos à felicidade completa. De uma coisa tenho certeza, não estamos sozinhos na cami99