Projeto
Liliane Duarte da Silva
Coordenador: Sérgio Lana Morais Bolsistas: Paulo Henrique Lopes, Eduardo Rodrigues e Uédio Matos Colaborador: Geraldo Lopes Júnior Texto: Juliana Paiva Campus: Teófilo Otoni
Nascente no Bairro Gangorrinha, zona oeste de Teófilo Otoni, conta com os cuidados de duas moradoras
O mapa da mina: mapeando as nascentes urbanas de Teófilo Otoni (MG) Nos últimos dois anos, Sérgio Lana, professor de Geografia do IFNMG - Campus Teófilo Otoni, coordenou o trabalho de construção de um mapa da mina. Isso mesmo, o mapa de um verdadeiro tesouro, talvez o mais precioso e imprescindível para a vida: a água. Mais precisamente, ele esteve à frente de um projeto que mapeou nascentes localizadas na área urbana de Teófilo Otoni e avaliou suas condições ambientais. O projeto teve participação do professor de Matemática Geraldo Lopes Júnior e de três alunos bolsistas.
O
projeto “O mapa da mina: mapeando as nascentes urbanas de Teófilo Otoni (MG)” começou com a adequação rápida de um protocolo de avaliação, que foi usado para identificar o impacto ambiental macroscópico nas nascentes de Teófilo Otoni. O impacto ambiental macroscópico é o que pode ser visualmente percebido, como cor da água, presença de lixo, espuma e esgoto nas proximidades. Com base em dados cartográficos, a equipe identificou 33 nascentes na área urbana do município e partiu para campo, a fim de fazer o georreferenciamento desses mananciais, ou seja, levantar dados sobre sua posição geográfica, aplicar o protocolo de avaliação e foto-
Revista de Extensão do IFNMG
grafá-las. A equipe conseguiu fazer o trabalho em 19 das 33 nascentes identificadas. O professor Sérgio Lana, da área de Geografia, explica que, segundo a metodologia de avaliação aplicada, o índice ambiental macroscópico das nascentes foi classificado como “ruim” (numa escala de cinco classes: péssimo, ruim, razoável, bom e ótimo), o que significa que a situação é preocupante. “Elas [as nascentes] refletem a condição ambiental que encontramos em Teófilo Otoni e região, onde a Mata Atlântica vem sendo degradada há séculos”, comenta. Como principais causadores desse impacto negativo sobre as fontes d’água, o professor cita fatores ligados à urbanização, como o uso de-
sordenado do solo, esgoto doméstico e retirada da cobertura vegetal. Dentre os diversos problemas encontrados nas nascentes, o que mais chamou a atenção de Eduardo Rodrigues Santos, aluno do 2º ano do Curso Técnico em Meio Ambiente, que participou do projeto como bolsista, foi a quantidade de resíduos sólidos encontrada no entorno e até dentro dos mananciais. “Por mais comum que seja encontrar lixo por toda parte, para uma nascente é algo altamente preocupante”, reforça. Essas são, como lembra o estudante, “áreas que devem ser extremamente protegidas, dada sua importância para a manutenção das bacias hidrográficas e do ciclo da água dentro da biosfera”. 155