Trabalho de campo realizado no município de Chapada do Norte – MG / Comunidade Quilombola do Gravatá
Projeto
Coordenador: José Carlos Silvério dos Santos Bolsistas: Júlio Victor Rodrigues Jardim, Brena Almeida Silva e Sara Jane Gomes Cardoso Voluntários: David Cardoso Marinho, Filipe Miranda Santos, William de Oliveira Pacheco, Nara de Aguilar Lisboa, Brener Gomes de Oliveira, Marilene Gomes Santos e Ana Lúcia Dias dos Santos Colaboradores: Sueli do Carmo Oliveira e Ramon José Ribeiro da Fonseca Texto: José Carlos Silvério dos Santos Campus: Araçuaí
Mapeamento de povos e comunidades tradicionais de Minas O Programa “Mapeamento de Povos e Comunidades Tradicionais em Minas Gerais” surgiu no início do ano de 2012, na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais, e tem como objetivo mapear povos e comunidades tradicionais no estado de Minas Gerais, valorizando seus modos próprios de ser e viver, e gerar conhecimentos sobre a sociodiversidade cultural constitutiva do estado. A coordenação geral do projeto é exercida pelo professor Aderval Costa Filho (UFMG), e a etapa contemplada por este relato está sendo desenvolvida, conjuntamente, pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) e pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Norte de Minas Gerais (IFNMG - Campus Araçuaí), que exercem a coordenação local das atividades do programa.
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urante as duas últimas décadas, movimentos importantes no plano do direito e das relações internacionais, assim como no plano nacional (a redemocratização da sociedade brasileira, a promulgação da Constituição Federal de 1988, a mobilização de povos e comunidades em defesa de seus modos tradicionais de vida), convergiram para a constatação de que grupos envolvidos
Revista de Extensão do IFNMG
na produção familiar de pequena escala, com relações próprias e específicas com lugares, ambientes e práticas constitutivos de identidades coletivas e territórios de uso comum, expressavam uma diversidade sociocultural a ser valorizadas em suas especificidades. Este movimento tem contribuído para a promoção de direitos coletivos que visam, entre outras coisas, à diminuição das desigualda-
des sociais e raciais. Cabe ressaltar ainda que, coloquialmente, visibilizar é ‘tornar visível’; já no presente programa, a ação de “visibilizar” compreende duas dimensões interligadas: o próprio processo do mapeamento, que reconstrói um espaço marcado pela presença de sujeitos coletivos de direitos negligenciados (em grande parte por desconhecimento) pelos agentes públicos; o processo de autorreco47