LiteraLivre Vl. 6 - nº 33 – Mai./Jun de 2022
Edna das Dores de Oliveira Coimbra Rio de Janeiro/RJ
Qando foi? Quando foi que deixamos de fato de sermos humanos, de vermos o sofrimento do outro e agirmos como subumanos? Quando foi que deixamos que a agonia de um homem nos deixasse parados, como se estivéssemos anestesiados? Quando foi que deixamos de enxergar o medo nos olhos de um anjo ou quando fomos impelidos a jogarmos outro anjo, por uma abertura na tela, que lhe protegia de cair da janela? Quando foi? Talvez quando o choro foi sufocado, a boca foi cerrada, os ouvidos foram tapados, o olhar foi desviado e o passo para ajudar não foi dado. Talvez quando a cor do nosso irmão tenha influenciado a nossa decisão ou quando a sua etnia ainda seja para nós uma grande questão. Talvez quando as palavras tenham perdido o real sentido e a mente tenha esquecido a forma correta de raciocínio, então os sentimentos foram se obscurecendo e o coração se enfurecendo. Talvez quando o Bem em nós tenha se retirado, não suportando nosso egoísmo exacerbado, nosso comportamento de descaso e o grande peso do nosso pecado.
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