LiteraLivre Vl. 5 - nº 30 – Nov./Dez. de 2021
Isabel Cristina Silva Vargas Pelotas/RS
Não Mais Mulheres De Atenas As mulheres do início do século passado, ainda eram mulheres tolhidas de exercerem sua cidadania. Foram autorizadas a votarem em 1932, depois de 40 anos pleiteando tal direito. Os trabalhos eram mais limitados, pois a mentalidade à época não era favorável ao trabalho feminino. Faziam trabalhos domésticos, artesanais, e as que podiam trabalhar tinham como profissão tacitamente aceita, ser professora. Aquelas sem melhor grau de instrução trabalhavam como operárias de fábrica. O trabalho na área artística, musical e teatral era discriminado e as mulheres obrigadas a terem carteira sanitária como as prostitutas. Naquela época as mulheres tinham mais filhos pois o uso de anticoncepcional não era política pública, o que dificultava o trabalho fora de casa. As famílias eram maiores, as mulheres ficavam com a responsabilidade de procriar e educar a prole. Hoje, outro século, as mulheres obtiveram grande avanço pois existe, desde a segunda metade século passado a obrigatoriedade de manutenção dos filhos na escola, tanto meninos como meninas, sob pena de intervenção do conselho tutelar pelo abandono escolar.
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Existe conscientização da necessidade de estudo como condição primordial para galgar novos patamares na sociedade sendo o estudo e o trabalho a condição mais legítima de ascensão social. Claro que isso na sociedade ocidental, onde, felizmente a mulher pode optar pela profissão que desejar. Há uma infinita possibilidade das mulheres se instruírem, quer na escola pública, quanto nas escolas particulares. Quem não consegue estudar em tempo regular o governo possibilita nas escolas públicas o EJAEnsino de jovens e adultos para os que estão fora da idade regulamentar para o ensino Fundamental e o ENCCEJA que é um exame para certificação de competências para o ensino de jovens e adultos que possibilita homens e mulheres a obterem a certificação para entrarem em uma faculdade. Destacamos os créditos e bolsas disponibilizados para o ingresso nas faculdades privadas também para homens e mulheres se capacitarem para o trabalho. Há o programa criado no Ministério do Trabalho, hoje Ministério da Economia para o menor aprendiz se