LiteraLivre Vl. 5 - nº 30 – Nov./Dez. de 2021
João Maria Álvares Dias Braga, Portugal
A Noruega D’A Noruega Era uma vez uma simples menina lusitana que possuía o nome mais colossal que tu, leitor, possas imaginar. Tentes imaginar um nome tão extenso na iminência de ser do tamanho de um dicionário latim-português/português-latim. Pois é, assim era o nome dessa simples menina, e por tal móvel é que eu não hei de aqui transcrevê-lo, mas há como aqui relatar qual era o seu apelido e a razão de ela ter conseguido tal alcunha: todos os seus parentes e amigos chamavamna de A Noruega e a razão é a que o seu pai, o Cabo Francisco de Assis Rodrigues Xavier Rabelo de Souza, recentemente conseguira o cargo de embaixador na cidade de Oslo, a capital norueguesa. A verdade é que essa meninazinha de 7 (sete) anos de idade aparentava ser de facto uma cidadã norueguesa, não sei se a sua pele, ou o seu cabelo, ou a sua personalidade ou até mesmo o facto de ter um pai embaixador no país Noruega, mas acontece que toda vez que alguém a via, associava-a a uma norueguesa. A meu ver, era justa tal associação, posto que seus pais eram literalmente enamorados por Oslo (eles haviam passado a lua de mel em tal sítio), e, como nesta vida tu tens que enfrentar as incertezas da Perspicácia e as aflições do capital, custou para ele ser embaixador. Assim, concluo eu o capítulo primeiro desta tão preciosa obra-prima. No terceiro capítulo, a gente havemos de saber como fora o nascimento do seu pai e de que maneira ele viveu dos sete (7) anos de idade até aos seus dezessete (17), com o fim de percebermos melhor a influência que a vivência paterna reteve n’A Noruega. E contarei igualmente como ele conseguiu a inspiração para escrever a seguinte poesia: Não! Não pode ser verdade total Uma lastimável ocorrência que vivenciei No passado remoto, pretérito imortal! Com as dores que inda hoje dele suporto – Ah! – vejo que os fatos passados imperecíveis: disso agora sei!
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