LiteraLivre Vl. 5 - nº 30 – Nov./Dez. de 2021
Kanauã Nharu Canoas/RS
¿Amor? É como se eu fosse um deserto, seco… Escasso! E o amor ele fosse uma gota de chuva que viesse para refrescar minha aridez, e eu me hidrato com esse amor. Mas como se não bastasse, essa gota se transforma em cascata, e sacia minha sede, minha seca. … Mas quando eu percebo eu estou com água até os joelhos... e isso é bom para quem está na seca não mesmo? Então eu nado, porque ele já chegou até minha cintura. Eu não vejo mais a planície, nem o chão, nem a seca... Só vejo o amor. E ele se transforma em um oceano e pela primeira vez me sinto livre... Mas o mar ele as vezes é agitado e então eu me lembro que não sei nadar, e então começo a me debater… Mas o amor ele também é uma boia que é lançada pra me salvar do próprio amor que às vezes é descontrolado… Então eu respiro novamente… Mas o amor também são pedras que foram amarradas a essa boia e que agora me puxam para o fundo, o fundo desse amor incontrolável. E agora eu não respiro mais, eu não me debato mais, eu não existo mais... Você já viu alguém morrer de amor?
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