LiteraLivre Vl. 5 - nº 30 – Nov./Dez. de 2021
Michell Ribeiro Sobral Barreiras/BA
A morte de Alexandre, o Grande (323 a.C.) Um dia eu comecei a sonhar Alexandria em todo lugar A Macedônia eu disse adeus Queria ser como um semideus Conquistei terras distantes Mas agora estou impotente A destruição do meu corpo é iminente Outrossim do meu ser pensante A catástrofe torna-se ressurgente
Pálidos ludíbrios Velhos e sombrios Gélidos inglórios Temporários transitórios Desventurando vários Corações expiatórios Na vida que vai Na vez que se foi Na dor emergida Na flor ressequida Na alegria decaída Na bonança perdida Na amizade ferida Na paixão iludida Na razão desprovida Na força atrevida Na luta aguerrida
Do cataclisma beligerante Do fulgor conflitante Do desamor abundante Do vastíssimo retumbante Do sofrimento ardente Da imensidão aparente Da solidão perfurante Da maldade latente Da culpa evidente Da morte dissonante
Uma luz a seguir Uma esperança a brilhar Uma paz a sentir Uma vitória a lembrar Uma tristeza a surgir Uma extinção agradar Uma brisa a consumar Uma existência findar Uma despedida a realizar
Uma vez a sorrir Uma vez a temer Uma vez a sonhar Uma vez a perecer Como penumbra que chega Como escuridão que vejo Como o medo que espreita Como o tempo que estreita
Vou para os bravos Vou para os meus Vou para os eternos Voo para os céus!
Surgem ventos vazios
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