LiteraLivre Vl. 5 - nº 30 – Nov./Dez. de 2021
Rosa Maria Soares Bugarin Brasília/DF
Garimpo Torso nu, olhos de noite, coração de descobertas, suores de inquietudes, determinismo fremente. Assim, na companhia dos sonhos, o que buscas, poeta? Escavas a terra árida com mãos nuas, sem luvas, buscando o diamante do segredo que permitirá a alquimia do sorriso, o sentido do ser feliz. Escavas a dura rocha e encravas a permanência nos caminhos do buscar a chave de ouro que abrirá solidões, apaziguará, soberana, o mundo em convulsão, Garimpas as minas negras... Onde estará o brilho da união entre raças, ditas humanas? Respeitando posições? Persistes oh poeta garimpeiro em traçar nos caminhos sinuosos, escondidos desenhos de amor, selos de passagem, de encontro, joias de caridade, brilhantes do entender,
206