LiteraLivre Vl. 5 - nº 30 – Nov./Dez. de 2021
Daniel Cardoso Alves Belo Horizonte/MG
Da janela do quarto Em interna clausura, contempla o fim de tarde, o sol se põe e vai As reminiscências chegam e a bela paisagem aos olhos esvai Na alma, a sensação do efêmero retrai A solidão vem, a dor massacra e a tarde cai Decaída, deixa de ser dia. Chega a noite, vestida de melancolia. Por que meu Pai? A tristeza se instala e a consciência trai Traída, o mau pensamento sobressai Na fuga, se ilude, distrai Devaneios não bastam! Cai na real, suplicai Grita mudo por socorro, fecha a janela, cerra a cortina, se prostra E sai
@danielcalves_
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