LiteraLivre Vl. 5 - nº 30 – Nov./Dez. de 2021
Denis Roso Londres, Inglaterra
Meu Nome É Raissa (Para Raissa Da Silva Cabreira, Que não morreu não, seus bobos)
Eles me intoxicaram E pensando bem Ainda bem Porque o que veio depois Só fora de mim. Todos os cinco Titio dando as ordens Me bateram de vara e tudo Cada um com seu fedor Me violentaram, E aproveitaram que eu desmaiei Pra me jogar de um penhasco. Mas meu nome é Raissa E só de teimosa Não morri não (Aquele caixãozinho enterrado por um coveiro e mais ninguém Tinha um corpo Mas não me tinha) Espalhei sementes para muito além de nossa prisão, E Raissa na primavera vai brotar por todos os lados, Porque agora que entendo, Não foram eles que fizeram isso não, Foi o Brasil O que eles chamam de Brasil. O Brasil que não contém árvores. 08/09/21
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