RELAÇÕES INSTITUCIONAIS
FEIRA DOS POVOS FORTALECE PRODUTOS AGROFLORESTAIS E BUSCA MAIOR RENTABILIDADE Coordenação geral: Ana Cléia Azevedo (ICMBio). Coordenação executiva: servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai), servidores do ICMBio, Nathalia Larios de Sousa Cordeiro (consultora do Plano de Ação Sustentável da Reserva Extrativista Rio Iriri), Bruna Schrickte (colaboradora eventual), Rejane Andrade (consultora ICMBio) e Rafael Sá Leitão Barboza (colaborador eventual). Gestão dos recursos e o gerenciamento: Ana Cléia Azevedo (ICMBio), Gilson Lopes de Oliveira (Funai) e Nathalia Larios de Sousa Cordeiro (consultora).
Povos tradicionais extrativistas e indígenas são sinônimo de resistência no Médio Xingu diante do avanço do agronegócio. O modo como as comunidades tradicionais vivem, seus valores e as práticas desenvolvidas formam um ciclo de plena relação de respeito com a biodiversidade amazônica. Os produtos agroflorestais desenvolvidos por essas comunidades também carregam todo o conhecimento de quem sabe viver em harmonia com a floresta. As dificuldades se apresentam diante das tentativas de comercialização, já que parte dos produtos é destinada ao consumo próprio, enquanto a outra para aumentar a renda dessas famílias. “Frequentemente os produtos agroflorestais são vendidos sem um preço justo, não conseguem escoar para os centros urbanos e muitas vezes faltam oportunidades no mercado local”, pontua Ana Cléia Azevedo, chefe na Reserva Extrativista Rio Iriri. A apresentação desses produtos em eventos costuma ser um caminho para obter visibilidade e efetuar a venda direta. “Com a II Feira dos Povos do Médio Xingu o objetivo foi fortalecer o modo de vida tradicional das populações indígenas e extrativistas da região, valorizando os produtos da floresta através da sua exposição, divulgação e comercialização”, completa Ana Cléia.
BOAS PRÁTICAS NA GESTÃO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
PERFIL Reservas Extrativistas: do Riozinho do Anfrísio; Rio Iriri; Rio Xingu; a Estação Ecológica Terra do Meio; Parque Nacional Serra do Pardo. Além de Terras Indígenas (TIs) das etnias Araweté; Parakanã; Xipaya; Kuruaya; Juruna; Xikrin; Kayapó; Kararaô; Arara; e Asurini.
OBJETIVOS Fortalecer o modo de vida das comunidades tradicionais (extrativistas e indígenas), com a valorização da diversidade dos produtos da floresta e ao mesmo tempo destacar a conectividade e o intercâmbio dessas populações com a cidade de Altamira. Proporcionar a construção de novas relações entre as comunidades da floresta e da área urbana com princípios de valorização, respeito e boa convivência; favorecer a incorporação desses produtos nos mercados regionais a preço justo; facilitar a troca de saberes, o encontro e a solidariedade entre os povos do Médio Xingu; aprimorar a gestão do território entre as Unidades de Conservação e Terras Indígenas.
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