MANEJO INTEGRADO DO FOGO
RESULTADOS NA ESTAÇÃO ECOLÓGICA SERRA GERAL DO TOCANTINS SUPERAM AS EXPECTATIVAS
Coordenação geral: Marco Assis Borges, Máximo Menezes e Ana Carolina Sena Barradas (Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins/ICMBio) e Robin Beatty (3, 2, 1 Fire). Coordenação executiva: João Batista (Brigada). A ocorrência anual de grandes e severos incêndios era frequente na Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins, que chegou a registrar um megaincêndio de mais de 107 mil hectares em 2012, antes do Manejo Integrado do Fogo. “A política de fogo zero na unidade favoreceu o acúmulo de combustível e a homogeneidade da paisagem, tornando o cenário propício a recorrência de grandes incêndios que comprometem a capacidade de resiliência dos ecossistemas. Apesar do aumento gradual de investimentos nas ações de combate, os resultados desse modelo de gestão não estavam garantindo a conservação da biodiversidade e a recorrente situação de emergência ambiental exigiu atenção no desenvolvimento de estratégias voltadas para o manejo do fogo; em resposta à principal ameaça à proteção desta unidade”, destaca Ana Carolina Sena Barradas, analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.
INSPIRAÇÃO
Foto: Fernando Tatagiba
Foto: Aurelice Vasconcelos
Missão técnica ao norte da Austrália, no âmbito do Projeto Cerrado-Jalapão, com o objetivo de conhecer os componentes do Manejo Integrado do Fogo (MIF) em região que apresenta similaridades com o Cerrado brasileiro.
PERFIL Localizada na região do Jalapão, Tocantins, incluindo uma parte da Bahia, cerca de 81% dos 707 mil hectares da Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins protegem formações campestres de Cerrado, ambientes que acumulam biomassa aérea rapidamente durante a estação chuvosa, tornando-se altamente inflamáveis na estação seca. Anualmente a Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins está ente as Unidades de Conservação (UCs) que mais queimam no país.
OBJETIVOS Com o Manejo Integrado do Fogo na Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins promover pirodiversidade (por meio do uso do fogo como forma de proteger a biodiversidade e os processos ecológicos), diminuir o tamanho dos grandes incêndios e instrumentalizar o conflito socioambiental associado às proibições de uso do fogo.
BOAS PRÁTICAS NA GESTÃO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
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