TRADICIONAL E ACADÊMICO
PROJETO ALINHA CONHECIMENTOS E IDENTIFICA ESPÉCIES DA FLORA PRIORITÁRIAS PARA CONSERVAÇÃO Coordenação geral: Paulo Fernando Maier Souza (Área de Proteção Ambiental Chapada do Araripe/ICMBio). Coordenação executiva: Flavia Regina Domingos (Área de Proteção Ambiental Chapada do Araripe/ICMBio) e Bruna Vieira de Sousa (Fundação Araripe).
Na Área de Proteção Ambiental Chapada do Araripe, o uso da flora nativa pelas comunidades tradicionais é conhecido, há dados sistematizados de algumas espécies, mas que não pontuam o aspecto da conservação. “O novo Código Florestal publicado em 2012 estabeleceu a previsão de lista de espécies da flora nativa com uso comercial de produtos não madeireiros com dispensa de controle de origem gerando preocupação pelo desconhecimento sobre as espécies utilizadas pelos extrativistas e seu estado de conservação”, destaca Paulo Maier, chefe da unidade. A tentativa de obter esse banco de dados previu o trabalho conjunto entre dois saberes distintos, mas complementares. “A proposta consistiu em construir coletivamente - com o saber acumulado pelas comunidades extrativistas e o gerado na academia - uma lista de espécies de uso comercial de produtos não madeireiros na região de forma a estabelecer aquelas com necessidade de ações de conservação”, ressalta Maier.
PERFIL Mais de 970 mil hectares constituem a Área de Proteção Ambiental Chapada do Araripe na divisa entre Ceará, Pernambuco e Piauí.
OBJETIVOS Propiciar troca de experiência entre pesquisadores, extrativistas e técnicos com atuação na Chapada do Araripe. Obter lista de espécies da flora nativa da região com Produtos Não Madeireiros Comercializados (PNMC) e identificar as espécies que necessitam de ações de conservação, propondo medidas práticas.
RESULTADOS ࡿࡿ 173 espécies da flora nativa da Chapada do Araripe com PNMC identificadas. Desse total, 52 necessitam de ações de conservação, sendo 25 para recuperar a população e 35 demandam melhoria do manejo. Quatro espécies são prioritárias: Pequi, Fava D’Anta, Aroeira e Sucupira Branca.
ࡿࡿ Pesquisadores estimaram a produção anual da Fava D’Anta de 2012 a 2017 e identificaram as principais comunidades produtoras, empresas compradoras e atravessadores. Aumento das relações institucionais e aproximação entre a gestão da Unidade de Conservação e as comunidades tradicionais extrativistas.
ࡿࡿ Elaboração da Cartilha de Boas Práticas de Manejo do Pequi. As orientações foram incorporadas às medidas de conservação de outras espécies da flora na unidade.
ࡿࡿ Trabalhos científicos sobre o tema apresentados no Seminário de Pesquisa do ICMBio, no Simpósio Nacional de Etnobiologia e no Seminário de Pesquisa da Área de Proteção Ambiental Chapada do Araripe.
BOAS PRÁTICAS NA GESTÃO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
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