* Menciono agora outra graça de Nossa Senhora. Não me refiro àquilo que todos nós recebemos, que é a Fé Católica e as demais graças que Nossa Senhora dá a todo católico, a todos aqueles que são chamados para a Igreja. É outra coisa: o amor à grandeza, quer dizer, amor aos grandes horizontes, às grandes almas, aos grandes feitos, aos grandes ambientes, às atmosferas grandes e em geral a tudo quanto é grandioso. Isto se explicitou em mim com o tempo, por exemplo, quando tomei conhecimento da Revolução Francesa. Não nasceu apenas o ódio à Revolução, mas o amor à grandeza. E quando abri mais ainda os olhos para a Idade Média, esse amor à grandeza chegou ao seu requinte76. Propensão para a reflexão, a seriedade e a gravidade Sou espontaneamente refletido. O fato de pensar em tudo quanto faço me é natural desde pequeno. Mas não sou uma pessoa afetada, que estudou tal gesto. Essas coisas me são naturais77. E todas elas têm um fundo de doutrina78.
* Também em fotografias minhas em pequeno, noto que já estava observando ou fazendo raciocínios, sendo que, antes de raciocinar, eu observava muito. As observações não eram explícitas, eram implícitas. E vinham às vezes acompanhadas de perguntas que deixavam mal à vontade a pessoa em foco. Dona Lucilia intervinha pressurosamente para remediar a minha indiscrição. Essas perguntas indicavam a mesma precocidade: a ocorrência, na extrema infância, de um começo de uso da razão79.
* 76 CSN 13/10/91 77 Chá SRM 9/2/95 78 Chá SB 18/8/88 79 MNF 11/11/94 48
MEU ITINERÁRIO ESPIRITUAL