SOLANGE PADILHA (1944)
Poeta paraense, vive atualmente no Rio de Janeiro. Morou em Paris durante um período da ditadura militar onde se formou em Ciências Sociais pela Sorbonne. Participou dos primeiros coletivos de mulheres no exílio. Em São Paulo fundou com outras mulheres o jornal Nós Mulheres, e doutorou-se pela PUC-SP. No Rio de Janeiro, trabalhou na Secretaria Municipal de Cultura. Participou da Antologia de Poemas Cariocas (2012, Poesia do Grão-Pará (2001),Nova Poesia Brasileira (1992) Antologia de Poesia do Mulherio das Letras, Antologia Mulherio das Letras Portugal Poemas, (2019) Publicou os livros de poemas: Saphographia (1987), Dadaandaainda (1992), Escrita Labial (2014).
VAIDADE o primeiro fio branco despontou no cucuruto da cabeça olhando a contraluz parecia efeito do verão não era. as rugas mal percebi vi o estado já gravado no amanhecer da ressaca no espelho disse mudou tudo mas nada se compara ao primeiro fio branco na buceta.
4.
Segui a rua assombrada de imagens segui a camisa amarela repleta de versos Foi grande a alegria de encontrar o poeta e com ele bebi o que adensam as rimas Taças de vinho, vermelhas Quebradas no acorde de vértebras
9.
nem todos os peixes são azuis o salmão é rosa como um sábado 11. Me preparo para o fogo e a lama tudo que mistura terra tudo que amalgama trama
AS MULHERES POETAS NA LITERATURA BRASILEIRA
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