JULIA LOPES DE ALMEIDA (1862/1934)
Escritora carioca, distinguiu-se como romancista, cronista, teatróloga e abolicionista. Iniciou seu trabalho na imprensa aos 19 anos, em A Gazeta de Campinas, numa época em que a participação da mulher na vida intelectual era rara e incomum. Três anos depois, em 1884, começou a escrever também para o jornal carioca O País, numa colaboração que durou mais de três décadas. Seu romance A Falência é considerado por muitos como sua obra mais importante.Fez parte do grupo que fundou a Academia Brasileira de Letras, mas por ser mulher, foi impedida de ingressar na instituição. A primeira mulher a furar esse bloqueio foi Raquel de Queiroz, em 1977.
A LARANJEIRA Perfumada laranjeira, Linda assim dessa maneira, Sorrindo à luz do arrebol, Toda em flores, branca toda – Parece a noiva do Sol Preparada para a boda. E esposa do Sol, que a adora, Com que cuidados divinos Curva ela os ramos, agora! E entre as folhas abrigados, Seus filhos, frutos dourados, Parecem sois pequeninos.
AS MULHERES POETAS NA LITERATURA BRASILEIRA
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