ALICE SPÍNDOLA (1940)
Poeta mineira, artista plástica e divulgadora cultural. Participou de diversas antologias, nacionais e internacionais e fez sua estréia em livro individual, com Fio do Labirinto(1996) já ganhando 2 prêmios: da UBE do Rio, e da Prefeitura de Macaíba, no Rio Grande do Norte. Publicou também livro de contos e O Loire – poema fluvial da França (2006). Vive em Goiás. A poesia dela é carregada de experimentalismos, mas sempre com os tons da simplicidade. O poeta Diego Mendes de Souza diz mais: “escreve doçuras sobre o Tempo, o rio de sua aldeia, a alma das coisas, a solidão e o silêncio do mundo. Há um livro de Alice intitulado O Araguaia - Rio & Alma de Goiás, que é uma rapsódia de encantamento.”
SEMPRE BUSCANDO A CANÇÃO ESQUECIDA No frêmito da ventura, a fuga e o retorno da imagem do pequeno barco. Imagem — fonte e oráculo — mergulhada na insularidade do mar de gestos e de palavras. Com a alma seqüestrada pela beleza do rio e pelo rumor de suas águas, o menino procura a canção esquecida. Menino parisiense voga nas milhas do sol. E O MEU AMOR É TANTO E o meu amor é tanto que, preso a rede deste encantamento, me faço Araguaia, também. Sim, ó, Araguaia-mar, eis o poder de teus enigmas! Um mar-oceano se adentra em mim. E eu, em mar, me converto. Mar de águas desafiantes. Mar que voga nas veias do meu canto.´
AS MULHERES POETAS NA LITERATURA BRASILEIRA
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